02/02/2023

A Prefeitura de Volta Redonda lançou no início do ano uma mostra que apresenta o processo de confecção dos painéis “Memórias Ancestrais & Urbanas”. Os artistas urbanos de Volta Redonda, Jader Mattos e Guilherme Kozlowski, pintaram o painel “povos indígenas”, os quais habitaram a região desde o século XVIII; e o artista Marcelo Eco, do Rio de Janeiro, confeccionou o painel em homenagem aos metalúrgicos. Ambos estão localizados no bairro Aterrado.

O secretário municipal de Cultura, Anderson de Souza, explica que o projeto nasceu em 2022, em reunião com a Secretaria de Estado de Cultura. “Mostramos a importância de se fazer arte urbana em todo o estado. A arte tem o poder de transformar a vida das pessoas e ocupar territórios. Ao invés de entrar numa galeria, elas são impactadas onde estão. Aquela região onde estão os painéis tem um grande fluxo de pessoas o dia todo”, afirma Anderson.

Impacto positivo para a cidade

Para a subcoordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo do UGB-FERP, professora Andréa Auad, a iniciativa de marcar a cidade com signos importantes de sua história urbana, incluindo os sujeitos que a produziram, é sempre bem-vinda e é especialmente formuladora de significados quando, de fato, versem sobre a representação social. “Essa representação terá sempre que ser, entretanto, precedida por uma prospecção junto a população da cidade. O que faz dessa imagem mais que um registro no tempo”, afirma.  

         De acordo com Andréa, o UGB-FERP tem realizado muitas parcerias com a Secretaria de Cultura de Volta Redonda. Além disso, o trabalho com a Plataforma Memória Viva VR (http://plataformavivavr.ugb.edu.br), pesquisa desenvolvida no âmbito do curso de Arquitetura e Urbanismo, é um estímulo aos alunos, pesquisadores e visitantes, de forma geral, a conhecerem e refletirem sobre aspectos importantes da cidade.

Para a professora, os painéis nos imóveis têm proporcionado um grande impacto nas pessoas. “Penso que os painéis fazem remissão direta a um passado recente e que estimulam muitas gerações a pensarem em suas memórias individuais e coletivas. Há vínculos importantes construídos a partir deles. Por isso penso ser muito importante refletir em como abordar assuntos e lugares onde serão colocados. Penso que também o excesso de imagens deva ser evitado, a fim de tornar potente aquelas selecionadas”, ressaltou Andréa.

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