Por que Cursar?

Coordenador do curso de História destaca impactos das pandemias na sociedade


As epidemias sempre provocam um grande impacto nas sociedades e em seu tempo. Segundo o historiador Leandro Karnal, três eventos aceleram o processo histórico e provocam grandes mudanças na sociedade: as revoluções, as guerras e as pandemias. Coordenador do curso de História, o professor Paulo Célio faz uma análise sobre o assunto e afirma que a pandemia está modificando a maneira de viver e impactando diretamente o dia a dia das pessoas. “As pessoas, cidades, empresas, organizações e governos terão que se preparar para isso, criando estratégias para que tudo volte gradativamente a ser como antes. Com certeza algo que está sendo acelerado é a utilização da tecnologia em nosso cotidiano, em casa, no lazer e no trabalho. Antes da pandemia a tecnologia estava disponível, mas não era largamente utilizada. Depois da pandemia, o home office, compras online, delivery e outras possibilidades estão cada vez mais presentes em nossa vida. Um aspecto que essa pandemia está revelando e deixando mais claro é a desigualdade social. Muitas pessoas, por questões econômicas, não têm acesso a essa tecnologia. Terão que ser criadas políticas púbicas que atendam a essas demandas”, destaca o professor. Paulo Célio lembra que ao longo da história o mundo teve várias epidemias, que causaram muitas tragédias e perdas humanas consideráveis. Epidemias de cólera, tifo e aqui no Brasil, varíola e febre amarela, eram muito comuns, mas as principais epidemias da história, por conta de sua difusão e número de mortos, foram a Peste Negra, na verdade Peste Bubônica, ocorrida no século XIV e que durou por décadas, e a Gripe Espanhola, que ocorreu por volta de 1918-1921. “A Peste Negra vitimou quase 30% da população europeia, mais de 200 milhões de pessoas morreram. Naquela época a ciência ainda não existia e as causas eram buscadas em interpretações religiosas. As péssimas condições de higiene colaboraram para a rápida difusão da doença, que matava em questões de dias e despovoou várias regiões da Europa. A Gripe Espanhola, que na verdade não começou na Espanha, e sim nos EUA, recebeu esse nome por que a Espanha, ao contrário dos outros países, divulgava os dados da doença com mais transparência, dando a impressão de que nesse país ela era mais forte. Essa pandemia ocorreu no final da 1ª Guerra e se espalhou com mais velocidade graças ao retorno dos soldados que voltavam da guerra aos seus países. Essa pandemia teve um nível de mortalidade muito alto, enquanto que a 1ª Guerra vitimou 20 milhões de pessoas, a gripe espanhola vitimou o dobro, quase 40 milhões de mortos. No Brasil foram cerca de 40 mil mortos. Medidas de isolamento e higiene foram recomendadas, mas como a ciência ainda engatinhava, os meios de comunicação eram pouco abrangentes e o acesso da população à informação era muito limitado, essa pandemia se alastrou, deixando entre suas vítimas, Rodrigues Alves, presidente eleito do Brasil em 1918”, recorda.


COVID-19


A Covid-19 já vitimou 2 milhões de pessoas no mundo e mais de 200 mil no Brasil. Para o professor, essa pandemia tem dois complicadores: a facilidade de transmissão e a necessidade de cuidados especiais caso a doença se agrave, necessitando inclusive de internação em leitos de UTI por um longo período. “A porcentagem de letalidade dessa doença, comparada com outras, é relativamente baixa, mas o grande número de contaminados é alarmante. Daí a necessidade de se preocupar com essa pandemia, que só não se tornou mais explosiva graças aos avanços da ciência, que em menos de um ano depois da ocorrência dos primeiros casos na China, desenvolveu vacinas para combatê-la em tempo recorde. Caso tivesse ocorrido em outra época, o número de mortos pela Covid-19 seria muito maior”, explica. Para Paulo Célio, a atual pandemia anda será muita debatida nos meios acadêmicos. “O historiador lida com essa pandemia como um fenômeno de seu tempo, que tem repercussões na política, na economia, na cultura, enfim, em todos os aspectos da sociedade. A pandemia também faz parte do universo da sala de aula, porque está em constante diálogo com a sociedade e as transformações que nela acontecem. Em História existe a palavra ‘problematizar’, que propõe um método para analisar os fenômenos sociais, significando discutir como esse fenômeno ocorre, quais suas consequências e como afeta nossa vida. É preciso olhar para o passado e aprender com ele”, finaliza o professor.

Objetivos

Licenciar professores para lecionar História, no Ensino Médio e Fundamental, mediante aquisição de competências relacionadas ao desempenho da prática pedagógica, preparando-os para o exercício crítico e competente da docência e capacitando-o também, para as novas possibilidades que se abrem para a sua atuação profissional. 

Atuação

Para o licenciado em História, o horizonte profissional mais lógico é o magistério de Ensino Fundamental e Médio, mas existem oportunidades, que vão da pesquisa em órgãos históricos e de preservação da memória ao trabalho de assessorar programas culturais e de conservação do patrimônio histórico. Mais recentemente, o mercado do historiador expandiu-se na direção de projetos coletivos voltados para estudos de urbanização, ecologia, saúde e demografia. Há também empresas que buscam o auxílio de historiadores para melhor orientar sua perspectiva de atuação social ou recuperar sua memória institucional. Pode participar como profissional autônomo de equipes multidisciplinares em escolas de Ensino Fundamental e Médio e em instituições de pesquisa, serviços públicos que dispõem de acervo histórico, assessoria de programas culturais e de preservação de patrimônio histórico, arquivos, bibliotecas, museus e secretarias de cultura. 

Diferenciais

O Curso de História conta com um quadro de professores comprometidos com a formação de seus alunos, que visam ao aperfeiçoamento das habilidades do futuro professor e, para isso promovem regularmente eventos como: encontros acadêmicos, seminários, mesas redondas, projetos interdisciplinares, iniciação científica, aula passeio, excursões acadêmicas e projetos discentes que contribuem para um aprendizado dinâmico e diferenciado. 

Recursos

O curso conta com salas de aulas adequadas, biblioteca, mapoteca, laboratório de informática, auditórios e recursos audiovisuais e tecnológicos que atendem às necessidades pedagógicas do curso.  

Avaliação

No UGB o desempenho acadêmico é avaliado considerando-se a frequência e aproveitamento do estudante. A frequência mínima obrigatória é de 75% em cada componente curricular e a média mínima exigida para a aprovação direta em cada disciplina é igual ou superior a 7,0 (sete).

No processo de avaliação da aprendizagem há a predominância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Todas as questões referentes a 2ª chamada, Vista de Prova, Dependência, Regime Especial, Exame Final e outras particularidades da avaliação estão regulamentadas no Regimento do UGB e disponíveis no Manual do Aluno que se encontra disponível no Portal do Aluno.

Matriz

1º PERIODO

COMPONENTES CURRICULARES

CARGA HORÁRIA

ATIVIDADES PRÁTICAS TRANSVERSAIS DE APRENDIZAGEM APLICADA A EDUCAÇÃO DO MEIO AMBIENTE *

60

FUNDAMENTOS SÓCIO-HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

80

HISTÓRIA ANTIGA

80

HISTÓRIA DO BRASIL COLÔNIA

80

PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

40

SUBTOTAL

340

2º PERIODO

COMPONENTES CURRICULARES

CARGA HORÁRIA

ATIVIDADES PRÁTICAS TRANSVERSAIS DE APRENDIZAGEM APLICADA À EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS *

60

FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

40

HISTÓRIA DA ÁFRICA

80

HISTÓRIA DO TEMPO PRESENTE**

80

INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS

80

MÉTODOS E TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA - MTEP

40

SUBTOTAL

380

3º PERIODO

COMPONENTES CURRICULARES

CARGA HORÁRIA

ATIVIDADES PRÁTICAS TRANSVERSAIS DE APRENDIZAGEM APLICADA À EDUCAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS *

60

DIDÁTICA

80

HISTÓRIA DO BRASIL IMPÉRIO I

80

HISTÓRIA DO RIO DE JANEIRO*

80

HISTÓRIA MEDIEVAL

80

SUBTOTAL

380

4º PERIODO

COMPONENTES CURRICULARES

CARGA HORÁRIA

ARTE, CULTURA E PATRIMÔNIO

80

HISTÓRIA DA AMÉRICA

80

HISTÓRIA MODERNA I

80

LABORATÓRIO DE PRÁTICA PEDAGÓGICA – LPP I***

120

LEGISLAÇÃO, POLÍTICA E GESTÃO EDUCACIONAL

80

SUBTOTAL

440

5º PERIODO

COMPONENTES CURRICULARES

CARGA HORÁRIA

HISTÓRIA DO BRASIL IMPÉRIO II

80

HISTÓRIA DO ORIENTE

80

HISTÓRIA MODERNA II

80

LABORATÓRIO DE PRÁTICA PEDAGÓGICA – LPP II***

120

TEORIA DA HISTÓRIA

80

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO                    

100

SUBTOTAL

540

6º PERIODO

COMPONENTES CURRICULARES

CARGA HORÁRIA

ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA

40

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

80

HISTÓRIA DO BRASIL REPÚBLICA I

80

HISTORIOGRAFIA I

80

LABORATÓRIO DE PRÁTICA PEDAGÓGICA - LPP III***

120

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

100

SUBTOTAL

500

7º PERIODO

COMPONENTES CURRICULARES

CARGA HORÁRIA

HISTORIOGRAFIA II

80

LABORATÓRIO DE PRÁTICA PEDAGÓGICA - LPP IV***

120

LIBRAS E EDUCAÇÃO INCLUSIVA

40

METODOLOGIA DA PESQUISA HISTÓRICA

40

ORIENTAÇÃO DE TCC

20

TÓPICOS ESPECIAIS

40

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

100

SUBTOTAL

440

8º PERIODO

COMPONENTES CURRICULARES

CARGA HORÁRIA

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA II

80

HISTÓRIA DO BRASIL REPÚBLICA II

80

METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA

40

PROJETO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE - PEC*

60

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

200

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

100

SUBTOTAL

560

QUADRO RESUMO

CONTEÚDOS CURRICULARES

2580

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

200

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

200

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

400

TOTAL GERAL

3580

OBSERVAÇÕES:

Os Componentes Curriculares com 80 horas são   articulados com metodologias ativas sendo 20 horas aplicadas por meio da sala de aula invertida.

*Componente curricular de natureza interdisciplinar e foco investigativo com 40 horas de atividade de pesquisa/extensão.

**Componente curricular articulado com a extensão sendo 20 horas de atividade extensionista.

***Componente curricular de natureza interdisciplinar e foco investigativo com 20 horas teóricas e 100 horas de prática pedagógica.

****Atividades Complementares desenvolvidas por meio de atividades diversas ao longo do curso

Corpo docente

Nome Titulação Admissão
Antonio Carlos da Silva Doutor em História 01/06/2012
Paulo Célio Soares Doutor em História 25/08/1998
Carlos Renato Dias Lago

Mestre em História

10/04/2006
Diana dos Santos Carmo da Silva Mestre em Educação, Cultura e comunicação 19/02/2002
Fábio Elionar do Carmo Souza Mestre em Letras 01/02/2003
Sonia de Alcantara Gouveia Mestre em Educação 01/02/2002
Tania Bassi Costa Mestre em História 01/08/2006
Vagner dos Santos Alves Especialização em Sociedade, Natureza e a Questão do Poder 02/02/2004
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Coordenação

Paulo Célio Soares

Doutorando em História

Email: paulocelio@ugb.edu.br

Telefone: (24) 3345-1700

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